Com a finalidade de orientar mulheres diagnosticadas com fibromialgia sobre o autocuidado, a professora do curso de Fisioterapia da Universidade de Gurupi (UnirG), Rafaela de Carvalho Alves, desenvolveu uma cartilha sobre o tema. O trabalho é parte da pesquisa que ela desenvolve no curso de Mestrado Profissional em Ciências da Saúde, pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), ofertado em parceria com a UnirG.
Segundo Rafaela, na região existe uma alta demanda de atendimentos para pacientes com fibromialgia. “Na Clínica Escola de Fisioterapia da UnirG muitas pessoas buscam auxílio e, diante disso, tive o interesse por buscar assistência multidisciplinar especializada, mas me deparei com a ausência de um médico reumatologista na região. Diante dessa necessidade, optei por direcionar minhas pesquisas nessa área”, disse.
Ainda conforme a professora, que também é fisioterapeuta, o material traz orientações sobre o autocuidado, que é a capacidade que as pessoas têm de realizar atividades em benefício próprio em prol da manutenção da saúde e da qualidade de vida.
“Isso é necessário para que a paciente tenha maior conhecimento sobre seu corpo, músculos, articulações e movimentos, em relação aos comprometimentos causados pela patologia. Para evitar a piora do quadro devem ser realizados exercícios ao longo do dia, que busquem evitar sobrecargas físicas desnecessárias ao corpo. A prevenção de crises é imprescindível”, explica a professora.
O material foi desenvolvido pela docente com a colaboração de estudantes do curso de Fisioterapia e pode ser lido gratuitamente clicando
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A cartilha foi apresentada ao grupo de pacientes atendidos na Clínica de Fisioterapia em forma de oficina, com explicações e orientações sobre as possibilidades de realizarem o autocuidado com alongamentos, mobilizações, respiração e relaxamento.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a fibromialgia se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Também provoca sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão, alterações intestinais, entre outros. Uma característica da pessoa com fibromialgia é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura.
De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres*.
*Com informações da
Sociedade Brasileira de Reumatologia